«Morte em Veneza» e outras novelas

Nas obras de Thomas Mann, os contos ocupam um lugar especial. Foi precisamente a prosa curta que se tornou a base do legado literário do escritor — desde a sua primeira estreia literária até pouco antes da sua própria morte. O autor regressava sempre à novelística.

O primeiro volume da seleção de novelas, ao som da ópera de Richard Wagner, abre com a novela «Tristão». Segue-se graciosamente o par inseparável — «Tonio Kröger» e «Morte em Veneza». A vida do artista numa história desenrola-se em torno de uma viagem do sul para o norte, na outra — do norte para o sul. Uma viagem termina com uma frágil reconciliação, e a outra — com a morte.

E o acorde final do primeiro volume é a novela «Mario e o mágico». O narrador descreve a viagem da sua família para a fictícia cidade costeira de Torre di Venere, onde assiste a uma atuação de um mágico e hipnotizador chamado Cipolla. Mas o carismático artista usa as suas habilidades para controlar a audiência de uma forma muito cruel e fascista.