Livro em Guerra

Ler durante a guerra, propaganda e prosa literária, espiões e censura: o que esconde o livro?
Mao Zedong foi bibliotecário, Estaline foi poeta e publicou poemas, Winston Churchill usou um guia para planear a invasão da Noruega, Evelyn Arthur St John Waugh serviu no corpo de fuzileiros navais e alcançou o posto de capitão antes de se reformar para escrever "Regresso a Brideshead". Famílias solitárias iam às bibliotecas enquanto os seus entes queridos lutavam nas trincheiras, e durante a Guerra Fria ambos os lados usavam livros para divulgar a sua própria visão de como o mundo deveria ser governado.
Normalmente, não se fala de livros e guerra no mesmo contexto — os primeiros pertencem às invenções mais notáveis da humanidade, e as segundas às mais terríveis. Mas estes dois temas estão intimamente ligados e os livros frequentemente se encontram na linha da frente. Isto é especialmente sentido de forma aguda na era das guerras modernas.
O professor de história contemporânea Andrew Pettigree revela os caminhos surpreendentes pelos quais a cultura escrita — desde guias e trabalhos científicos até Biggles e Anne Frank — se molda sob a influência de grandes conflitos armados.
Livros, os seus autores e leitores lutaram no passado e continuam a lutar agora — desde a Guerra Civil nos EUA até à invasão em grande escala da Rússia na Ucrânia. Eles são uma arma mortal e o argumento mais convincente para a vitória.