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No todo el mundo apresenta um mosaico afinado de relações humanas contra o pano de fundo da vida urbana. Nesta coleção em língua espanhola, a autora Marta Jiménez Serrano guia o leitor por catorze histórias distintas, cada uma centrada em protagonistas que se encontram presos entre o desejo e o desapego, a conexão e a solidão. De Marcelo e Eloísa, ignorantes de como a sua relação já se está a afastar, a Nerea que duvida dos seus sentimentos, e Luis que percebe a sua atração por uma estudante — as personagens habitam uma cidade onde o amor é ao mesmo tempo imediato e efémero.
A autora utiliza uma voz narrativa clara e madura, que transita fluidamente entre a intensidade emocional e a distância irónica, refletindo como as relações modernas podem ser ao mesmo tempo profundamente pessoais e surpreendentemente impessoais. A própria cidade torna-se uma personagem: um espaço onde o anonimato e a intimidade colidem, e onde o espelho do “outro” frequentemente nos obriga a confrontar a nossa própria singularidade.
O que emerge é menos um romance tradicional e mais um estudo meticulosamente elaborado sobre a intimidade: como nos definimos através das relações que construímos, como lutamos para inserir a nossa singularidade nas expectativas dos outros. Jiménez Serrano revela-se hábil a iluminar os pequenos erros, as dores silenciosas, as ambivalências que marcam o amor contemporâneo. O seu trabalho anterior, Los nombres propios, já sugeria esta perspetiva; em No todo el mundo ela a aprimora.
Este livro é indicado para leitores atraídos por narrativas introspectivas e centradas nas personagens, em vez de thrillers movidos pela trama. Oferece uma perspetiva fresca sobre o que significa desejar, desiludir, conectar e desligar — tudo no pulsar da cidade. Quer se reconheça numa das personagens ou simplesmente deseje acompanhá-las, esta coleção convida à reflexão sobre a natureza do amor e a forma como o vivemos hoje.