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Em El Número 33 de la Calle Orquídea, a autora Talita Isla apresenta uma narrativa assombrosa e de fusão de géneros que combina fantasia sombria com horror psicológico. A protagonista, Berta Simmenthal, vive sob a sombra de uma doença degenerativa que está a remodelar o seu corpo e a cortar o seu sentido de pertença numa sociedade obcecada pela normalidade. Isolada e pressionada pelos pais para se submeter a uma operação difícil, Berta refugia-se no bairro em decadência onde reside — um distrito cujas paredes parecem vivas com sussurros, e que guarda o segredo de uma velha tragédia que ecoa pelo edifício no nº 33.
Quando a melhor amiga de Berta, Sol, a convida para uma festa de Halloween, ela aproveita a oportunidade para — nem que seja por uma noite — escapar às limitações impostas pela sua doença e voltar ao que a fazia mais feliz: dançar. Mas a noite rapidamente toma um rumo estranho. Dentro da atmosfera sinistra da festa, ela torna-se não só uma convidada, mas uma figura central num ritual forjado pela energia negra da sua raiva interna e pelas vozes ocultas das paredes. Este romance explora temas de autonomia corporal, alienação social e a interação entre monstros externos e internos. A transformação física de Berta espelha o horror que cresce na casa e na sua psique. A escrita de Isla usa o cenário da festa e o edifício assombrado como metáforas para os rituais que suportamos quando a nossa identidade e agência são comprometidas e para os rituais de libertação que procuramos quando somos oprimidos — física ou socialmente.
Leitores que apreciam horror psicológico intenso com uma atmosfera gótica subjacente acharão este livro cativante. A tensão cresce a partir de cenários do dia a dia — um Barrio, uma festa de Halloween — até uma confrontação total com forças sobrenaturais. A casa no nº 33 torna-se uma personagem por si só, os seus sussurros guiam a trama e revelam o domínio do passado sobre o presente.
Em suma, El Número 33 de la Calle Orquídea é um romance audacioso e visceral que desafia tanto as normas sociais de aparência como o medo de perder o corpo e a identidade. Convida o leitor a questionar o que significa encaixar-se e o que significa libertar-se através das noites mais escuras.